Viagens
"Voltar quase sempre é partir
para um outro lugar."
Paulinho da Viola, "Samba do amor"
Há coisas que a gente só vive se viajar. Para o Amazonas, coisas assim:
- Sobrevoar a floresta imensa, que parece não ter fim.
Lembro da primeira vez em que viajei de avião. Ainda criança, para Pernambuco. Olhei pela janela e vi uma nuvem. Olhei para a frente, sem fim. Para trás, sem fim. Fiquei encantada com o tamanho da nuvem, que lá de baixo parecia tão pequena, e ali do meu lado era algo imensurável. Assim foi que me senti olhando a floresta. É como nas fotos e nas estatísticas: ela não tem fim.
- Comer costela de tambaqui na brasa.
A varidade de peixes é imensa. E eu pude comer uma costela enorme e deliciosa a um preço mínimo, num restaurante muito simples. Só indo lá para saber o que é isso.
- Encontrar duas pessoas com nome estranho.
Midian era o nome da guia em Manaus. Midian era o nome da menina filha de um produtor de guaraná, em Maués. Não é nome de índio, nem de gente do Amazonas. É um nome bíblico. Nunca tinha escutado. E num só dia, conheci duas delas.
- Se emocionar com a simplicidade das pessoas.
Midian 2 tem 17 anos, mas tem cara de ter 13. Baixinha, quieta, atenta. Uma jornalista começou a perguntar de sua vida, e ela se encantou por ela. Contou tudo, e passou a seguí-la por todo o dia, para onde quer que ela fosse. A jornalista era, para ela, a novidade, o mundo desconhecido. Na despedida, Midian perguntou se ela não tinha uma foto para deixar de recordação.
- Ouvir programas de rádio diferentes.
Sempre que estou numa cidade diferente, faço questão de ver e ouvir programas locais, além de ler jornais. Uma forma de entender como vivem aquelas pessoas. Um dos astros da maior rádio de Manaus apresenta um programa hiper-eclético: em dez minutos, entrevistou uma promotora do Estado, anunciou o show de Zezé di Camargo e Luciano e introduziu uma oração para pais e filhos.
P.S.: E volto a São Paulo. E há febre maculosa e irmãos assassinos à solta. Me pergunto onde está o verdadeiro caos: lá ou cá?
Posted by Nani
"Voltar quase sempre é partir
para um outro lugar."
Paulinho da Viola, "Samba do amor"
Há coisas que a gente só vive se viajar. Para o Amazonas, coisas assim:
- Sobrevoar a floresta imensa, que parece não ter fim.
Lembro da primeira vez em que viajei de avião. Ainda criança, para Pernambuco. Olhei pela janela e vi uma nuvem. Olhei para a frente, sem fim. Para trás, sem fim. Fiquei encantada com o tamanho da nuvem, que lá de baixo parecia tão pequena, e ali do meu lado era algo imensurável. Assim foi que me senti olhando a floresta. É como nas fotos e nas estatísticas: ela não tem fim.
- Comer costela de tambaqui na brasa.
A varidade de peixes é imensa. E eu pude comer uma costela enorme e deliciosa a um preço mínimo, num restaurante muito simples. Só indo lá para saber o que é isso.
- Encontrar duas pessoas com nome estranho.
Midian era o nome da guia em Manaus. Midian era o nome da menina filha de um produtor de guaraná, em Maués. Não é nome de índio, nem de gente do Amazonas. É um nome bíblico. Nunca tinha escutado. E num só dia, conheci duas delas.
- Se emocionar com a simplicidade das pessoas.
Midian 2 tem 17 anos, mas tem cara de ter 13. Baixinha, quieta, atenta. Uma jornalista começou a perguntar de sua vida, e ela se encantou por ela. Contou tudo, e passou a seguí-la por todo o dia, para onde quer que ela fosse. A jornalista era, para ela, a novidade, o mundo desconhecido. Na despedida, Midian perguntou se ela não tinha uma foto para deixar de recordação.
- Ouvir programas de rádio diferentes.
Sempre que estou numa cidade diferente, faço questão de ver e ouvir programas locais, além de ler jornais. Uma forma de entender como vivem aquelas pessoas. Um dos astros da maior rádio de Manaus apresenta um programa hiper-eclético: em dez minutos, entrevistou uma promotora do Estado, anunciou o show de Zezé di Camargo e Luciano e introduziu uma oração para pais e filhos.
P.S.: E volto a São Paulo. E há febre maculosa e irmãos assassinos à solta. Me pergunto onde está o verdadeiro caos: lá ou cá?
Posted by Nani
1 Comentários:
Às 11 novembro, 2005 ,
Rita Loiola disse...
Que caos que nada... o mundo é assim mesmo. Mas, acho que lá é mais simples, na verdade...
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