Fragmentos
Oito e meia e o despertador toca, meu Deus, como o fim de semana passa rápido. Banho, sabonete, escova, pasta de dentes. Toalha. Saio do banheiro e, de passagem pela cozinha, coloco o café para esquentar. Bato a coxa esquerda na ponta da mesa, com certeza vai ficar roxo. Escolho roupa, qual o melhor brinco? Um pingo de sangue no chão. Pego uma fraldinha: Cléo entrou novamente no cio. Putz, o café. Ferveu, claro. Mas tomo assim mesmo, porque, claro, estou atrasada. Na saída, bato a cao direita na ponta da mesa - pelo menos uma não vai ficar com ciúmes da outra. Porta trancada, elevador. Bom dia porteiro, bom dia síndica. Chuvisco caindo do céu e passo apressado. O mendigo que ontem limpava a Avenida Liberdade com as mãos hoje faz o mesmo no Viaduto Condessa de São Joaquim. Trinta minutos, já impaciente, e o ônibus finalmente chega. Calor, gente em excesso e trânsito, afinal as aulas recomeçaram. Dez minutos e consigo me sentar a tempo de ver o catador de lixo dando uma pausa e largando o carrinho de lado para ler "Destak". Tom Jobim vai cantando no meu ouvido até que chego no trabalho e tudo o que posso ouvir é vinheta e sonora. Chegou a segunda-feira.
Posted by Nani
Posted by Nani
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial