Audiolivros
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obnubilar. [Do lat. obnubilare, 'cobrir como nuvem'.] V. t. d. 1. Obscurecer, escurecer. 2 Med. Produzir obnubilação em. P. 3. Pôr-se em trevas; obscurecer-se.
Caetano diz que crítica de show é provinciana
da Folha de S.Paulo
Em texto publicado em seu blog na madrugada de ontem, Caetano Veloso atacou as críticas negativas que a Folha e o "Estado de S. Paulo" publicaram a respeito de seu show com Roberto Carlos em São Paulo, na última segunda.
A apresentação em homenagem a Tom Jobim, no Auditório Ibirapuera, foi avaliada como "ruim" pela repórter Sylvia Colombo, da Ilustrada, no texto "Roberto e Caetano fazem show chato", publicado anteontem.
"O teatro é elegante e induz à quietude. Se o show fosse no Ginásio do Ibirapuera, o ruído dos aplausos assustaria a boba da Folha e o burro do "Estadão" que escreveram sobre o show", escreveu Caetano no blog Obra em Progresso.
"Há anos não leio nada tão errado sobre música brasileira --e, mais uma vez, envolvendo Roberto Carlos e este transblogueiro que vos fala. Se eu tivesse direito a convite, teria chamado Augusto de Campos para estar presente ao encontro: foi ele quem escreveu o primeiro texto de apoio crítico à Jovem Guarda, prefigurando o tropicalismo e opondo a energia da turma de Roberto e Erasmo à pretensão da turma de Elis. São Paulo é isso."
Em sua crítica, Sylvia Colombo escreveu que o problema do espetáculo não estava na qualidade dos envolvidos, mas no "conceito" do show.
"Ambos os artistas aceitaram passivamente fazer um show contido, bem-comportado, de arranjos convencionais, e que não trouxe nada diferente ou intrigante para um público cuja última coisa que parecia querer era se surpreender."
No "Estado de S. Paulo", Jotabê Medeiros escreveu que a noite foi "tediosa", em texto intitulado "Caetano, o Rei e o show de naftalina". "A bossa de Caetano e Roberto, ao menos nesse show, está doente e chamaram dois totens da MPB para fazer a necrópsia."
Caetano escreveu sobre as críticas em post intitulado "Marginal Pinheiros". "Escrevo isso só para mostrar aos que comentaram as críticas hilárias da província paulistana que também li e que fiquei com pena dos dois fanfarrões que não sabem nem escrever."O compositor também disse que "de alguma forma o artigo da mulher parece ser mais prejudicial do que o do cara", mas que seu texto não era uma resposta "a ela nem a ele".
"Nada digo aos jornais que os publicaram. Deixo aos leitores paulistanos que viram o show. Eles vão escrever protestando. Os jornais talvez publiquem algumas das cartas."
"Vagabundo" de Kassab é candidato a vereador por partido aliado ao prefeito
da Folha de S.Paulo
As eleições municipais da capital uniram o prefeito Gilberto Kassab (DEM) ao homem que ele expulsou aos gritos de "vagabundo" de um posto de saúde em fevereiro de 2007. O publicitário Kaiser Paiva Celestino da Silva, 48, protagonista da cena mais explosiva da vida política do democrata, é candidato a vereador por uma sigla que apóia o prefeito nas eleições majoritárias da capital, o PSC (Partido Social Cristão).
"Não procurei a Record, nem a Record me procurou", disse ele à coluna. "Meu contrato com a Globo foi renovado em janeiro e tem validade até 2012", afirmou Tom Veiga. Mas não é o que se comenta na Record. Há quem afirme que houve, sim, uma conversa com o dublador do Louro José. Tom nega também que tenha se desentendido com Ana Maria Braga. Então tá.
Não sei o que é pior: a foto do Louro José na capa da Folha Online, a "matéria" sem apuração ou o já clichê "Então tá" no fim do texto.
Cantor fez show impecável, com clássicos e surpresas
LUIZ FERNANDO VIANNA
da Folha de S.Paulo
Se não fosse crime inafiançável, valeria dizer que o primeiro show de João Gilberto foi um aperitivo para o segundo show de João Gilberto. Sim, foram dois: o primeiro, de 20 músicas, com algumas surpresas e um conjunto de clássicos refeitos nos detalhes; o segundo, um encorpado bis de nove músicas, com mais surpresas e um João ainda mais feliz e relaxado do que no início.
Foi comovente ouvi-lo abrir o bis interpretando "Chove Lá Fora", do "grande Tito Madi". Os dois foram muito amigos nos anos 50, mas um desentendimento terminou com João quebrando a cabeça de Tito com o violão. Tito, hoje com problemas de saúde, nunca se desfez da mágoa.
Em seguida, "O Nosso Olhar", que ele apresentou com alegria: "Do meu amigo Sergio Ricardo". Também teceu loas a outro "meu amigo", Denis Brean, em "Bahia com H", quando, pela primeira vez na noite, se recostou na cadeira, relaxadíssimo.
O clima "Joãozinho Paz e Amor", que perpassou todo o show impecável, sem nenhum problema de som, vento ou mau comportamento da platéia, foi coroado com "Garota de Ipanema", em que ele cantou com indisfarçável sorriso o verso "Fica mais lindo por causa do amor". Quem foi ao show ontem saiu com a certeza de que João transforma as palavras de Vinicius de Moraes em verdade absoluta.